Distrito Federal

BRASÍLIA, DISTRITO FEDERAL, CENA ARTÍSTICA E EXÍLIO INVOLUNTÁRIO
Maria Beatriz de Medeiros (1)

Em meados dos anos 90 me mudei para Brasília. Vinha diretamente de Paris e havia morado antes no Rio de Janeiro frequentando o Parque Lage (Escola de Artes Visuais). A cena artística brasiliense nesta época, podemos dizer, era quase nenhuma. Havia uma galeria comercial e só. Como dar aula de arte para pessoas que jamais tinham visto arte, era uma questão que rondava a cabeça.

Mais tarde foi criado um espaço expositivo do Ministério da Cultura. Este espaço ficava no próprio prédio do Ministério na Esplanada. Houve um tempo em que o Espaço Cultural 508 Sul, hoje denominado Espaço Cultural Renato Russo, esteve muito ativo. Sempre com pouca verba mas extremamente ativo (sob a direção de Wagner Barja). Hoje, este espaço se encontra fechado assim como o Teatro Nacional Cláudio Santoro com suas 3 salas: Sala Villa Lobos, Sala Martins Pena e Sala Alberto Nepomuceno. Seu hall funcionava, ainda, como espaço expositivo. Cabe dizer que, hoje, também se encontra fechado o Museu de Arte de Brasília (MAB). Tudo sucateado, tudo esperando reforma e sem verba devido à constantes desvios de verbas dos últimos governos: Agnelo Queiroz, Paulo Otávio, José Roberto Arruda e Joaquim Roriz.

Agnelo Queiroz (governador de 2011 a 2015) foi condenado, em 17 de fevereiro de 2016, por improbidade administrativa, relativa aos contratos para a realização da Fórmula Indy no Autódromo Nelson Piquet. Foi, ainda, citado na delação premiada de executivos ligados à empreiteira Andrade Gutierrez relativo às obras de estádios da Copa do Mundo de 2014. São 9 as ações contra o empresário e ex-governador de Brasília, Paulo Octávio: sete são por corrupção passiva e duas por corrupção ativa. A Justiça condenou o ex-governador Joaquim Roriz (1991-1995, 1999- 2006) e suas filhas, Jaqueline, Wesliane e Liliane, por improbidade administrativa. Estão todos soltos vivendo de riquezas roubadas. Queremos também citar o senador, ex-governador de Brasília pelo PT (1995-1999), ex-reitor  da Universidade de Brasília, ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva, o traidor Cristovam Buarque: votou pela cassação da presidenta eleita por voto popular, Dilma Roussef.

Brasília não vive nem convive com a corja que ocupa a Câmara dos Deputados e o, dito, Senado da República. Brasília não vê nunca os Ministros do Supremo Tribunal de Justiça. O povo anda em ônibus quase inexistentes e é forçado ao exílio involuntário pela ausência de transporte público para as cidades satélites após às 20 horas.

Neste cenário restam, para a vida cultural noturna, os privilegiados moradores do Plano Piloto. Apenas, desde há muito pouco tempo, surgem cantos, praças, bares nas cidades satélites onde faz-se arte, produz-se cultura, há shows de bandas locais, pequenas exposições de artes visuais que o mercado de arte desconhece.

O Mercado Sul, por exemplo, é um conjunto de blocos cujo endereço é QSB 12/13, de Taguatinga Sul, às margens da Samdu (“Samdu” vem do antigo “Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência” S.A.M.D.U). Agora este local começa a ser conhecido dos moradores da região, do Plano e de outras satélites. Tornou-se referência de ocupação urbana, produção cultural e economia solidária em meados dos anos 2010. São três prédios baixos com um teatro de bolso, uma oficina de artesanato, uma de reciclagem, um ateliê de reparos e fabricação de instrumentos musicais, um ateliê de costura, brechós e um local de empréstimo de bicicletas, que funciona com doações.

A história do Mercado Sul começa na fundação de Taguatinga. Na década de 1960, era um pequeno centro comercial, que aos poucos foi esquecido. A área se tornou local de tráfico e prostituição. Hoje acontece no local a EcoFeira do Mercado Sul, tem show do Coco do Beco (repentista, violeiro, coquista e cantador pernambucano Adiel Luna cantando com Nãnan Matos, Shária Ribeiro e Julia Carvalho Chinelo de Couro), Roda de Mamulengos, Trio Forrozeado, Chinelo de Couro, Quadrilha Eita Lasqueira etc.

No Plano Piloto há grande resistência, por parte da burguesia que neste vive, contra bares alternativos com shows e/ou atividades em prol da cultura alternativa. Muitos são obrigados a fechar pelas elevadas multas por som alto: o Café da Rua 8, foi o primeiro: havia música, festas que fechavam a rua, os artistas se encontravam ali sem precisar marcar encontro. Fechou em 2011. Em 2014, o órgão de fiscalização Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) emitiu 286 autos de infração, sendo 14 deles de interdições totais. Em 2015, os fiscais aplicaram de janeiro a maio 155 autos de infração, com duas interdições completas. Recentemente tivemos o fechamento do Balaio Café.

O bar Balaio Café, na 201 Norte, isto é, onde quase não há prédios residenciais, visto ser a quadra 1, o que significa que tem ao seu lado o Setor Bancário Norte e prédios comerciais em construção, foi fechado e multado diversas vezes, até a falência, pelo IBRAM por som alto durante a noite.

O Balaio Café atuou, por 10 anos, na defesa dos direitos humanos, realizando festivais, festas, musica eletrônica, musica autoral, poesia visceral, intercâmbio, aulas de capoeira, roda de samba toda quinta-feira, feijoada aos domingos, feira orgânica aos sábados, encontros, shows no subsolo, atividades LGBT, em defesa da cultura afro, Lounge Poético, cineclube e 10 anos de carnaval. Uma de suas últimas atividades foi o show de Zal Sissoko. Sua Praça leva e levará o nome de Praça dos Prazeres. Nesta, em 2016, foi realizado um dos melhores carnavais e rua de Brasília, mesmo com o bar fechado. Foram mais de 10 mil pessoas na rua nos dias mais cheios e fez-se história com as bandas e artistas da cidade, “fortalecendo a diversidade e a cultura popular sempre”, diz o facebook do bar.

O Teatro Dulcina de Moraes situado no Setor de Diversões Sul (SDS) também pode ser considerado um local de estruturação dos circuitos locais de artes. Lá funciona, sempre aos trancos e barrancos a Escola de Teatro de mesmo nome: São 2 teatros, um espaço expositivo e um espaço alternativo em subsolos asquerosos maravilhosos fedendo a barata e cimento. Neste espaço muita coisa aconteceu: nos idos anos 2000 haviam festas intermináveis com inúmeros palcos, muito cigarro e bebida.

A Escola Dulcina de Moraes fica muito bem situada, em frente à Rodoviária. Em 2010, o Corpos Informáticos sediou seu evento Performance Corpo Política e Tecnologia no Teatro e ocupou esta Escola, todo o CONIC (prédio onde a Escola está situada) quase totalmente: conferências, performances, projeções, instalações.

O subsolo, fedendo a barata e a cimento, também é utilizado por grupos de teatro, além das festas acima mencionadas. Gostaríamos de mencionar o Grupo de Teatro Liquidificador com sua peça Ultraromântico: teatro-festa-música-performance além de seminários sobre teatro e dramaturgia. O espetáculo, teve temporadas nos anos de 2012 e 2013, e se ampliou para a ideia de peça-festa. A ideia foi misturar o não tradicional palco teatral (corredores de cimento) com a realização de uma festa, além da peça. Foram convidados 4 grupos (um por semana) para intensificar a festa: a Cia de Teatro Tripé, o grupo de música Cantigas Boleráveis, e os grupos de performance Algodão Choque e Corpos Informáticos. O espaço ficava lotado com cerca de 300 pessoas por noite: sensacional. Mas não esqueçamos, em tempos de retrocesso, tudo terminou meio mal. O Grupo Liquidificador foi denunciado ao seu patrocinador por ter grafitado o espaço: grafite é arte de rua e como tal deve ser mutante, efêmero. A estética da peça pedia grafites, pixo, zona. A Escola havia retirado os grafites espontâneos e pagado “grafiteiros”, que se querem artistas, para decorar o espaço: decoração não é arte.

Desde há uns 10 anos abrem-se novos espaços. São galerias comerciais/; Referência Galeria de Arte, a mais antiga; Gabinete de Arte K2O (antigo ECCO: ESPAÇO CULTURAL CONTEMPORÂNEO de Brasília); Galeria Objeto Encontrado; Espaço XXX; Galeria de Curators; Alfinete Galeria; Centro Cultural Elefante; Galeria Ponto. Espaços institucionalizados também têm surgido: Centro Cultural Banco do Brasil, Caixa Cultural Brasília, Museu dos Correios, Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (TCU), Espaço Cultural do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Há quem exponha nestes dois últimos locais citados!

O Museu Nacional da República é dirigido por Wagner Barja e possui intensa atividade embora sempre com recursos parcos, mas o Barja sabe tirar sangue de pedra.

Na cena atual muitos jovens artistas têm conseguido projeção nacional. Podemos citar Adriana Vignoli, Alexandre Rangel, Antonio Obá, Camila Soato (vive em São Paulo), Cecília Bona, Cirilo Quartim, Diego Bressani (fotógrafo), Fernando Aquino, Glênio Lima, João Angelini, Karina Dias, Leopoldo Wolf, Luciana Paiva, Márcio H. Mota (video mapping), Raquel Nava, Renato Rios, Rodrigo Cruz, Taigo Meirelles, Virgilio Neto entre outros.

Como disse, em meados dos anos 90 me mudei para Brasília. Vinha por que, aqui, queriam fundar um curso de Arte e Tecnologia. De fato, em 1992 fundamos o Mestrado em Arte e Tecnologia, os professores da área eram Aluísio Arcela, Conrado Silva, Sílvio Zamboni, Suzete Venturelli, Tânia Fraga e eu. Muitos são os artistas pesquisadores formados pelo Grupo da Venturelli que neste mesmo ano abriu o primeiro laboratório dedicado à arte computacional, o Laboratório da Imagem e Som  (LIS), que passou a ser chamado, em 2011, de Laboratório de Pesquisa em Arte Computacional (Midialab). Venturelli também organiza eventos o Encontro Internacional de Arte e Tecnologia (#ART) que neste ano de 2016 realizou sua 15a edição juntamente com Cleomar Rocha (Universidade Federal de Goiás) (https://art.medialab.ufg.br).

Como coordenadora do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos, devo citá-lo (2). O Grupo formou-se em 1992 e festejará seus 25 anos em 2017. Por ele já passaram cerca de 50 pessoas. Em princípio são alunos da graduação em Artes Cênicas e Artes Visuais que depois, algumas vezes, se tornam mestrandos (Cynthia Carla, Fernando Aquino, Márcio Mota, Mariana Brites ou Alla Soub, Natasha de Albuquerque, Camila Soato), doutorandos (Maria Eugênia Matricardi, Zmário ou José Mário Peixoto) e doutores (Alice Stefânia Curi, Cleomar Rocha, Diego Azambuja, Frederyck Sidou, Mônica Mello). Mas também há técnicos, professores doutores (Maria Luiza Fragoso, Luisa Gunther) e aqueles que simplesmente tocam a campainha e declaram querer ser Corpos Informáticos. Há, ainda, aqueles que denominamos Corpos Expandidos, pessoas que voluntariamente se juntam ao grupo eventualmente. O Grupo, em geral conta com cerca de 10 pessoas. Hoje somos: Ayla Gresta (arquiteta), Bruno Corte Real (foto e vídeo), Diego Azambuja, João Stoppa, Mariana Brites ou Alla Soub, Maria Eugênia Matricardi, Mateus de Carvalho Costa, Matheus Opa, Natasha de Albuquerque, Rômulo Barros, Zmário ou José Mário Peixoto, nosso mascote Thiago Marques, bolsista do Ensino Médio e eu.

Desde 2010, o Corpos Informáticos vem organizando eventos nacionais e internacionais, criando redes. Em termos de Brasil, temos pensado em ligar Centro Oeste, Norte e Nordeste com o Sudeste. E isto realmente vem acontecendo: Bodearte com Coletivo ES3 (RN), Dada Spring com Grupo Empreza (GO), Roçadeira com Cássia Nunes e Ana Reis (GO), Mostra Osso de Performance (MOLA) com Coletivo Osso (BA), contatos com Amapá (Cristiana Nogueira e Naldo Martins), Rio de Janeiro (Coletivo Filé de Peixe, Grupo Opavivará, Raphael Couto), São Paulo (turma do Brasil Performance, Elen Braga Gruber).

Estes eventos geram o site www.performancecorpopolitica.net, que pode ser considerado o maior site sobre performance realizado a partir do Brasil: fotografias, vídeos, palestras, textos, links.

A partir desse contexto, isto é, a cena de artes visuais no DF e enfatizando uma rede relacionada às ações do Corpos Informáticos, a seleção de vídeos efetuada para o projeto Livre-troca está assim constituída: Vorpos Informáticos (9 vídeos); artistas residentes em Brasília (9 vídeos).

Os vídeos dos artistas são:

– Sangue Frio (2015) de João Quinto. João é ator e performer, formado na Universidade de Brasília em 2015. Participou do Corpos Informáticos durante seu percurso na UnB.

– Corpo contra conceito (2012) de Maria Eugênia Matricardi (http://mariaeugeniamatricardi.com/). Maria é performer, doutoranda em Artes na UnB, participa do Corpos Informáticos desde 2010 tendo paralelamente seu trabalho individual. Além da página citada possui página no vimeo: https://vimeo.com/matricardi.

– Pelos Pelos (2013) de Mariana Brites e Alexandra Martins. Mariana é performer, atriz, escrivinhadora, escriturista, mestranda em Artes e também participa do Corpos Informáticos desde 2011 desenvolvendo um trabalho pessoal ou com outros grupos. Mariana possui, ainda, diversos nomes Alla Soub d’Nadah, Marialla Soub, entre outros.

– Concerto para cigarras no tempo de um cigarro de Diego Azambuja (2012) . Diego é ator, doutor em Artes pela Universidade de Brasília e participa do Corpos Informáticos desde 2007.

– Politikus de Ary Coelho e Luisa Gunther (2015). Ary Coelho é dançarino, Mestre em Artes pela UnB. Luisa é professora do Departamento de Artes Visuais sendo Doutora em Antropologia. Ary Coelho e Luisa Gunther pesquisam dança na/da rua desde 2009 e tem participado de diversas ações de rua do Corpos Informáticos. Esta performance foi efetuada durante o Performance, Corpo, Política, 2010.

– Oficina de Nihilismo proposta por Natasha de Albuquerque. No video em questão a proposta foi efetuada pela Natasha e a ação feita pelo Corpos Informáticos e convidados do evento Performance, Corpo, Política de 2015, a saber Arthur Scovino (RJ/BA), Beatriz Provasi (RJ), Vanderlei Costa (DF), Ingrid Kaline (PE/DF), Ary Coelho, Luisa Gunther e as três adoráveis filhas do casal e Corpos Informáticos, naturalmente.

– Teaser com trechos da produção em video mapping do artista Márcio H. Mota (https://vimeo.com/78590807). Márcio participou do Corpos Informáticos de 2007 a 2014, sua pesquisa em vídeo permitiu que o Corpos Informáticos ganhasse, com video-artes, o 2oprêmio do Salão do Pará em 2012 e o 1o prêmio do Salão do Pará em 2013.

– Unhas Defeitas (2013). Performance efetuada por Bia Medeiros (grafiasdebiamedeiros.blogspot.com.br) desde 2010 em diversos locais do Brasil e do mundo. Bia Medeiros é coordenadora do Corpos Informáticos, seu trabalho pessoal envolve desenho, gravura, fotografia, performance e instalação.

– Grupo LPTV. Grupo formado por alunos de Artes Cênicas e coordenado por Simone Reis. Esta performance foi efetuada durante o Performance, Corpo, Política, 2010.

Os vídeos do Corpos Informáticos são:

– Vínculo Zero (2014). https://vimeo.com/139739244. Performance proposta por Mariana Brites e executada por Bia Medeiros, Natasha de Albuquerque e Mariana em Macapá durante o evento Corpus Urbis.

– Vem amor (2011). https://vimeo.com/125723554. Vídeo mostra o transporte alternativo de uma Kombi, mais especificamente a Kombi denominada Kombunda, por ser uma Kombi móvel, onde expomos bundas, corpos nus, rostos ou fuleragem. (http://corpos.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html).

– Mar-ia-sem-vergonha (2012). 2oprêmio do Salão do Pará em 2012.

– Mosca (2010). Video editado por Jackson Marinho, que pesquisa arte computacional e é responsável pelo site performancecorpopolitica.net, a partir de espetáculo de mesmo nome do Corpos Informáticos 2009/2010. Este espetáculo de rua iterativo teve financiamento da Funarte, prêmio Artes Cênicas na Rua, 2009.

– Nossa que delícia (2016). https://vimeo.com/182100373. Video realizado a partir de ação efetuada no evento Roçadeira, Goiânia, 2015. Imagens: Mateus de Carvalho Costa, edição: Bruno Corte Real.

– Dança das cadeiras (2016). https://vimeo.com/182092939. Video realizado a partir de ação efetuada no evento Roçadeira, Goiânia, 2015. Imagens e edição Bruno Corte Real e Mateus de Carvalho Costa.

– OmoluEletrônico (2010). Video editado por Jackson Marinho a partir de performance realizada por Larissa Ferreira e Diego Azambuja em produção simultânea ao espetáculo Mar-ia-sem-vergonha.

– Digital Urbano (2009). Vídeo editado por Carlos Fino a partir de performance em telepresença realizada no Rio de Janeiro (Parque Lage) por Bia Medeiros e Cedric Aveline (apoio: Juliana Cerqueira) com participação on line do Corpos Informáticos e iteratores.

– H.O. Homenagem a Hélio Oiticica. Este vídeo foi realizado durante laboratório de pesquisa do Corpos Informáticos, denominado 48 horas. Neste realizamos esta performance com cartazes e extintor de incêndio. À noite soubemos que neste mesmo dia a casa de Hélio Oiticica havia incendiado, dia 16 de outubro de 2009.

Este texto e esta seleção de vídeos, absolutamente, não conseguem ser exaustivos. Muitas poderiam ser suas facetas, muitos poderiam ter sido seus percursos, per-cursos, poucos cursos, muitas cidades satélites, muita gente querendo fazer desta cidade burocrática um lugar-local de seus moradores: os nascidos aqui, todos com menos de 56 anos, os chegados aqui e aqueles que simplesmente passam. Partiu manifestação! Contra PEC 55, contra governo golpista, contra deputados e senadores corruptos, PELA DEMOCRACIA, PELA IGUALDADE SOCIAL, PELO FIM DO EXÍLIO INVOLUNTÁRIO DAS PERIFERIAS.

Notas:
(1) Maria Beatriz de Medeiros, professora da Universidade Federal de Brasília.
(2) www.corpos.org; vimeo.com/corpos; corpos.blogspot.com.br; facebook/corposinformaticos